Recomendamos o livro “A Sociedade Enfrenta sua Mídia”, que traz uma atualização ao debate cada vez mais datado das teorias da comunicação que focam no processo de emissor, mensagem e receptor. Num mundo de grandes conglomerados de mídia, ficamos acostumados à idéia de que tudo termina no público. Mas na última década, ficou evidente que esse processo é continuo e cada vez mais conectado.
Superamos já uma percepção de que os usuários dos meios ditos ‘de massa’ seriam homogêneos, passivos e, portanto, facilmente manipuláveis,. Reconhece-se hoje uma possibilidade de resistência, baseada em mediações culturais extramidiáticas.
Superamos já uma percepção de que os usuários dos meios ditos ‘de massa’ seriam homogêneos, passivos e, portanto, facilmente manipuláveis,. Reconhece-se hoje uma possibilidade de resistência, baseada em mediações culturais extramidiáticas.
Nos últimos cinco anos, os principais endereços que a Rede internet consolidou como fonte de informação tem seu conteúdo inteiro produzido pelo leitor. Seja a enciclopédia colaborativa Wikipidia – que numa última pesquisa recente, tinha mais verbetes corretos que a Britannica – ou no site de vídeos YouTube, que possui um acervo de memória da televisão brasileira que a Rede Globo nunca disponibilizou. A imprensa crítica de verdade morreu, então, apareceram os blogs, como guerrilheiros de um novo mundo, e, com uma credibilidade jamais vista, passaram a despejar informações onde a mídia impressa, radiofônica e televisiva apenas aquiesciam com os donos do poder. A mídia "oficial" enlouqueceu mas nada aprendeu. Tentou copiar os novos guerrilheiros pagando mal-disfarçados empregadozinhos, que, sem a fonte de recursos, deixam morrer na miséria intelectual os blogs cooptados que foram pagos para criar.
Esta é a principal lógica por trás do decrescente índice econômico das indústrias de publicações. Jornais têm cada vez menos leitores, porque os próprios se tornaram uma fonte de informação muito mais confiável. Algo compreensível a partir do conceito de Economia da Colaboração, proposto pelo norte americano Peter Kollock. Quem colabora mais, com mais conteúdo de qualidade, recebe mais prestigio pelos outros consumidores. Uma prática que era comum numa sociedade baseada na comunicação, mas até então sem a devida evidência, já que essas práticas – os antigos fanzines e rádios piratas – não tinham tanta relevância assim de alcance.
A última peça desse quebra cabeça vem de uma lógica da ciência da administração. Uma, em específico, que dizia que apenas 20% de uma produção cultural era responsável por 80% de todo consumo de cultura. O índice menor vem daqueles artistas expostos nas vitrines e os programas de televisão em horário e canal nobre. Ou seja, os 80% restante da produção não tinham consumo porque simplesmente não tinham espaço para existir. Seja na prateleira de uma loja ou na grade de programação de uma grande rede de televisão. Espaço que, na Internet, não é mais um problema. Os nichos passam a ter visibilidade e relevância.
Juntar essas peças é entender as novas mídias que convivemos com cada vez mais freqüência. Temos agora acesso ao nicho, um conteúdo que é produzido por consumidores como nós, que passa a ser muitas vezes mais relevante que um grande veículo de comunicação. Já ouvi o melhor elogio que alguém pode ouvir que é ‘pô, como é que eu não pensei nisso antes?’. Isso me envaidece.
Nunca se consumiu tanto, ao mesmo tempo em que nunca se vendeu tão pouco. E onde a mídia tradicional enxerga baixa nas vendas, as novas reconhecem crescimento de espectadores.
Esta é a principal lógica por trás do decrescente índice econômico das indústrias de publicações. Jornais têm cada vez menos leitores, porque os próprios se tornaram uma fonte de informação muito mais confiável. Algo compreensível a partir do conceito de Economia da Colaboração, proposto pelo norte americano Peter Kollock. Quem colabora mais, com mais conteúdo de qualidade, recebe mais prestigio pelos outros consumidores. Uma prática que era comum numa sociedade baseada na comunicação, mas até então sem a devida evidência, já que essas práticas – os antigos fanzines e rádios piratas – não tinham tanta relevância assim de alcance.
A última peça desse quebra cabeça vem de uma lógica da ciência da administração. Uma, em específico, que dizia que apenas 20% de uma produção cultural era responsável por 80% de todo consumo de cultura. O índice menor vem daqueles artistas expostos nas vitrines e os programas de televisão em horário e canal nobre. Ou seja, os 80% restante da produção não tinham consumo porque simplesmente não tinham espaço para existir. Seja na prateleira de uma loja ou na grade de programação de uma grande rede de televisão. Espaço que, na Internet, não é mais um problema. Os nichos passam a ter visibilidade e relevância.
Juntar essas peças é entender as novas mídias que convivemos com cada vez mais freqüência. Temos agora acesso ao nicho, um conteúdo que é produzido por consumidores como nós, que passa a ser muitas vezes mais relevante que um grande veículo de comunicação. Já ouvi o melhor elogio que alguém pode ouvir que é ‘pô, como é que eu não pensei nisso antes?’. Isso me envaidece.
Nunca se consumiu tanto, ao mesmo tempo em que nunca se vendeu tão pouco. E onde a mídia tradicional enxerga baixa nas vendas, as novas reconhecem crescimento de espectadores.
Viva a blogosfera! Viva a guerrilha virtual!
Morram corruptos e bandidos, especialmente aqueles de colarinho branco e assaltantes do dinheiro público!
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